sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Amor próprio


Você sente quando uma coisa irá desmoronar. E aí você  senta e observa. Somente. Seria uma atitude suicida, não fosse o fato de você se sentir independente daquele lugar. Como se perdê-lo iria trazer a si mesmo só uma tristeza, momentânea – não sabendo quão longo será esse momento- mas que não destruirá a si própria. Não é suicídio, é simplesmente aceitar que somos feitos de um só pó, mas este foi colocado em diversas porções e lançados ao vento. É só aceitar e ver a simplicidade da independência.Garanto que são nas coisas simples que se encontra a paz.  

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Achando que sofrer...


Fiz esse blog no momento mais solitário da minha vida: quando morava sozinha, em uma cidade totalmente nova pra mim e, sinceramente, difícil de me adaptar. Mas o ponto não é minha dificuldade de se conformar com a minha localização espacial. O foco está na minha eterna solidão dentro de situações que poderia chamar paradoxais. Sinceramente, apesar do que uma maioria pensa, eu gosto de solidão. Solidão é diferente de indiferença. A concepção de se sentir sozinha , para mim, é ser independente de qualquer pessoa, mas , dentro de um limite de modéstia e,diria, altruísmo, eu não sou indiferente a ninguém, apesar de muitas pessoas merecerem. Eu sinto que não devo depender e nem esperar nada de ninguém, mas nem por isso eu deixo de ajudar a quem precisa de mim.Pronto, é esse meu ponto de partida. O que acontece agora é que anda me incomodando essa 'minha eterna solidão dentro de situações que poderia chamar paradoxais'. Há pessoas muitos especiais ao meu redor e que me fazem um bem indescritível, mas insisto em pensar que não posso confiar e muito menos depender delas.Aí me sinto sozinha, incapaz de acreditar que pessoas que te fazem bem o faz porque realmente querem e gostam de ti. Acreditar nisso, para mim, é como se fosse pura inocência.Prefiro o Maquiavel a Rousseau, é isso. Queria muito poder ser diferente, depositar confiança naqueles que me fazem bem, não ter dificuldade de me expressar verbalmente e diretamente. E como tudo meu acaba em música, tá aqui a conversa mais direta que Marcelo Camelo teve comigo inconscientemente

Senta aqui que hoje eu quero te falar
Não tem mistério, não
É só teu coração
Que não te deixa amar
Você precisa reagir
Não se entregar assim
Como quem nada quer
Não há mulher, irmão, que goste desta vida
Ela não quer viver as coisas por você
Me diz, cadê você ai?
E ai, não há sequer um par pra dividir

Senta aqui, espera que eu não terminei Pra onde é que você foi Que eu não te vejo mais? Não há ninguém capaz De ser isso que você quer Vencer a luta vã E ser o campeão Pois se é no "não" que se descobre de verdade O que te sobra além das coisas casuais Me diz se assim está em paz? Achando que sofrer é amar demais

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.
Clarice Lispector

Definição melhor minha não encontrei. Não é pretensão, qnd um autor escreve algo acho que já espera que alguém se identifique , pode não ser o objetivo principal, mas é uma provável consequência. Então, é isso: Clarice Lispector me conhecia e me definiu. PRONTO, FALEI. Ultimamente tenho pensado muito em como as pessoas me vêem, mas percebi que nem eu tinha uma idéia clara sobre mim. Sou um turbilhão de idéias, de pensamentos incompletos. Eu nunca sei o que é bom pra mim, vivo mudando de idéia em segundos. O mais perto de mim que consegui chegar foi quando bati o olho nessa frase da Clarice Lispector. Em suma sou isso aí. É sem exagero que digo que vou dormir bem melhor essa noite. É uma sensação boa essa de se encontrar.

Boa noite para mim.

sábado, 27 de março de 2010

Vou confessar que...

...até pouco tempo, pra mim, era muito difícil admitir que sentia saudades. Saudade de qualquer coisa, pessoa. Costumava ser uma rocha e ainda sinto que sou,mas tô entrando em erosão. É bom ouvir de alguém que você faz falta pra ela, se é bom ouvir porque não seria bom falar?

Ai, ai
Vai ver é só você
Ai, ai Vai ver é só você querer
Distante, imaginar

Caberia a quem dizer:
"Amor, eu vivo tão sozinho de saudade"

Marcelo Camelo

quinta-feira, 18 de março de 2010

Prólogo

Mais uma tentativa minha de desaguar pensamentos e acontecimentos que ficam sobrecarregados na minha cabeça. 140 caracteres, às vezes, me bastam, mas prefiro um cantinho mais espaçoso. No meu mundinho altamente globalizado, no qual o meus parceiros mais fiéis são um computador e uma internet [ironia] mega.ultra.hiper.veloz [/ironia], nada mais digno que um diário eletrônico. Sento, escuto música e me revolto utilizando apenas meu teclado e meu mouse! Tecnologia é o que há. Terminado o prólogo, digo BOA NOITE pra mim mesma.